terça-feira, 29 de setembro de 2009

Como o computador contribuiu para a transformação da escola, da aprendizagem e da prática pedagógica


Desde sempre o homem tem tentado dominar o meio em que vive. Para isso criou utensílios, domesticou animais e construiu máquinas que o ajudassem nessa tarefa. Pode-se afirmar que desde o aparecimento do ábaco (passível de ser considerado como a primeira máquina de calcular), com o qual se pode executar as principais operações aritméticas e que curiosamente continua a ser usado nos países orientais e alguns países de Leste (antigas repúblicas ex-soviéticas) concorrendo com as máquinas de calcular, até aos modernos computadores de hoje, a evolução tem sido considerável.
Na sequência de intervenções que tiveram lugar, o computador aparece como a descoberta mais significativa e transformacional da era moderna.
Desde o seu aparecimento que o homem não cessou de o aperfeiçoar, introduzindo nas fábricas, nos escritórios, nos serviços, nas escolas e até mesmo nas casas de cada um.
A motivação para introduzir os computadores nas escolas tem objectivos sócioeconómicos e políticos. Preparar os futuros cidadãos para o trabalho ou para o lazer, na sociedade da informação.
O decorrer dos tempos e as convulsões sociais têm, aos poucos contribuído para o aumento da população escolar que, em simultâneo, se tem alargado, um tanto indiscriminadamente, às classes social e culturalmente mais arredadas das letras. Esta situação propiciou a heterogeneidade da população escolar que acolhida por uma instituição, regra geral economicamente desfavorecida e arreigada a modelos escolares conservadores, não conseguiu criar as condições capazes de se sobreporem às diferenças sócioculturais dos indivíduos e asseguradoras do sucesso escolar de todos quantos a frequentam. Concomitantemente, tornou-se obrigatório um período de escolaridade que tem vindo a ser aumentado, sem que a Escola tenha revisto, de forma concludente, a sua forma de ser e de estar. Tal facto tem-se reflectido, de um modo geral, no agravamento das taxas de não aproveitamento, traduzido pelas reprovações escolares, e pelo aumento da taxa de abandono escolar.
Vivendo-se, no final deste século, o início de uma nova Era, a das Novas Tecnologias (da informação e da comunicação), e quando os Sistemas Escolares apostam, na sua quase totalidade, em Reformas Educativas conducentes a estudos que, com maior ou menor pendor interdisciplinar, por um lado, conduzam a situações mais próximas da realidade vivida pelos alunos, e por outro, incidam na utilização e exploração dos meios informáticos. Cabe aos professores, no seu conjunto, a realização de experiências que de forma interligada possam servir de ponto de partida e base de trabalho a um outro tipo de ensino que se pretende, realmente, novo.

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